Mulheres no TRE-TO: a conquista de espaços em setores majoritariamente masculinos
A chefe da Seção de Segurança e Transportes do TRE-TO lidera com competência e reforça a importância da representatividade feminina no Tribunal

O Dia Internacional da Mulher é conhecido como um marco mundial no que diz respeito à luta feminina pela garantia de direitos. Nesta data, histórias como a da chefe da Seção de Segurança e Transportes (Setran) do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO), Adriana Bueno Alves, reforçam a importância da presença feminina em cargos de liderança, especialmente em setores historicamente ocupados por homens.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 38% dos cargos gerenciais no Brasil são ocupados por mulheres, evidenciando a desigualdade de gênero ainda presente no mercado de trabalho. Em áreas técnicas, como transporte e segurança, essa porcentagem é ainda menor.
Adriana ingressou no TRE-TO em 2006 e, ao longo dos anos, passou por diversos setores até assumir a chefia da Setran antes das Eleições Municipais de 2024. A transição, no entanto, trouxe desafios. Além de se adaptar à nova função, ela precisou conquistar a confiança da equipe. “No início, foi um processo de construção. Afinal, é um time masculino que tem uma mulher no comando”, relembra Adriana.
Desafios e conquistas
A realidade enfrentada pela chefe da Setran é um desafio comum para muitas mulheres que ocupam postos de liderança em áreas técnicas ou operacionais. Ainda assim, ela conta que o apoio da administração do Tribunal foi fundamental para tornar o processo mais leve. “Saber que eu tinha respaldo me deu forças para seguir e mostrar meu trabalho”, afirma.
Com diálogo e dedicação, a recepção dos motoristas mudou. “Com o tempo, fui acolhida por eles. Hoje, somos uma equipe harmoniosa, nos respeitamos e criamos um ambiente de trabalho que é como uma família”, conta Adriana.
Atualmente, a Seção de Segurança e Transportes do TRE-TO conta com 14 colaboradores homens, sendo 11 motoristas e três assistentes administrativos. Adriana é a única mulher no setor, o que reforça sua representatividade e o impacto de sua liderança.
Mais mulheres no comando
A história de Adriana Bueno não é apenas um exemplo de superação individual, mas também um lembrete da importância de abrir espaços para que mais mulheres possam liderar, inovar e contribuir para ambientes de trabalho mais diversos e justos.
Para ela, a evolução da sociedade em relação ao papel das mulheres é uma vitória coletiva. “Hoje, temos a liberdade de sermos o que quisermos. Podemos trabalhar, ser mães, liderar equipes, ou até escolher cuidar da casa, se esse for o desejo. O importante é que agora há a oportunidade de escolha. Antes, muitas mulheres nem sequer tinham um CPF próprio, era tudo vinculado ao marido. Mas isso mudou graças à luta de tantas que vieram antes de nós. Por isso, é gratificante ver o mundo avançando e saber que estamos ocupando esses espaços com força e competência”, concluiu.
Objetivos Estratégicos:
8- Aperfeiçoar mecanismos de governança;
9- Aperfeiçoar a governança e a gestão de pessoas.
Giovanna Brito (Ascom/TRE-TO)
#ParaTodosVerem: A imagem mostra um grupo de pessoas posando nas escadas em frente ao prédio do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO). A fachada do tribunal, com seu nome destacado, aparece ao fundo. A maioria dos integrantes do grupo está vestindo uniformes azul-marinho com o logotipo do TRE-TO, enquanto uma mulher, posicionada ao centro na primeira fileira, veste roupas pretas e um crachá. O grupo é formado majoritariamente por homens, com apenas uma mulher visível. Todos estão organizados em fileiras nas escadas, com expressões sérias e posturas profissionais, olhando para a câmera.