“Ninguém nasce racista”: Roda de conversa realizada pelo TRE-TO discute inclusão e equidade racial

Servidores convidados puderam relatar suas experiências e debater o tema.

“Ninguém nasce racista”: Roda de conversa realizada pelo TRE-TO discute inclusão e equidade racial
A ação faz parte da Campanha Novembro Negro em alusão ao Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. Foto: Guilherme Paganotto

Representatividade, reconhecimento, respeito, combate contra o racismo e a importância da educação para a equidade racial foram temas abordados durante roda de conversa nesta quinta-feira, 21, realizada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO) em alusão ao Dia da Consciência Negra. Com o tema “Ninguém nasce racista: consciência se ensina e se aprende”, servidores convidados puderam relatar suas experiências e debater o tema.

A ação faz parte da Campanha Novembro Negro em alusão ao Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado nesta quarta-feira, 20. Participaram da roda de conversa o servidor do TRE-TO na Escola Judiciária Eleitoral (EJE-TO), Dourival Alves dos Reis Filho, como mediador, e os debatedores foram o chefe de cartório da 3ª Zona Eleitoral de Porto Nacional, Domingos Galvão de Melo, e a servidora da Ouvidoria Regional Eleitoral, Teresa Cristina da Silva de Oliveira.

Na abertura do evento, foi exibido um vídeo da juíza de direito Renata do Nascimento e Silva, que abordou assuntos como lidar com o racismo na pauta judiciária,  as consequências e a importância da consciência negra.

Racismo e preconceito

Como mulher negra, a servidora Teresa Cristina, que também é gestora do Pacto Nacional do Judiciário pela Equidade Racial, no TRE-TO, relatou diversas situações de preconceito e racismo vividos na escola, local de trabalho, entre outros.

De acordo com Teresa, em muitas situações em que sofreu racismo, ela optou em não responder por acreditar que não devia se manifestar e atitudes assim fazem muitas vezes as pessoas ficarem mais reprimidas e acreditarem que devem ceder espaços de fala para pessoas da cor branca. 

“Não é porque a gente não tem uma atitude agressiva que não tá doendo, aprendemos a conviver, há maneiras de sobreviver com toda essa violência que a gente sofre no dia a dia, não só na nossa casa, ou entre amigos, mas socialmente também”, relatou Teresa.

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Consciência e direito

O chefe de cartório 3ª ZE, Domingos Galvão, destacou que é preciso ter consciência de como o racismo interfere no cotidiano das pessoas negras, assim como o impacto sofrido. “Devemos ter a consciência de que o racismo existe, é algo para a gente refletir, partir dessa ideia de que não é permissivo, então a consciência dentro da gente serve para mudar este cenário, isso vale para tudo e para todos”, ressaltou o chefe de cartório.

Já para o mediador, Dourival Alves, a data é importante para reforçar a necessidade diária de combater o racismo. “A nossa caminhada é grande, na luta pelo reconhecimento da necessidade de igualdade entre as pessoas. O racismo não nasce com a gente, ele é inserido socialmente. Então, o conhecimento tem o poder de transformar uma sociedade como a nossa, de fazer pensar diferente, é o caminho para se conhecer o que é o racismo”, afirmou.

Combate e Enfrentamento do Assédio e da Discriminação

O objetivo do encontro foi fomentar o conhecimento, o debate e o engajamento no enfrentamento de todas as formas de discriminação racial, com ênfase no ambiente de trabalho. Essas ações integram o Programa de Combate e Enfrentamento do Assédio e da Discriminação. 

Transmitida pelo YouTube

A roda de conversa também foi transmitida ao vivo pelo canal do TRE-TO no YouTube e está disponível para aqueles que quiserem saber mais sobre o assunto.

Objetivo Estratégico:

9- Aperfeiçoar a governança e a gestão de pessoas

Fabiana Nascimento (estagiária Ascom/TRE-TO)

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Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins


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