“Se posicione!”: roda de conversa sobre assédio e discriminação é promovida pelo TRE-TO nesta terça-feira, 14
A ação aconteceu no auditório do Pleno.
“O choro é um desabafo, é um grito, se posicionem. Não reproduzam”. De forma emocionante, uma roda de conversa sobre assédio e discriminação no ambiente de trabalho aconteceu na tarde desta terça-feira, 14, no auditório do Pleno do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO).
A Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral, Sexual e da Discriminação do tribunal promoveu o bate-papo, que foi aberto pela presidente da comissão de 2º Grau, juíza membro Silvana Maria Parfieniuk.
“O objetivo desse encontro consiste em oportunizar um momento de discussão e reflexão entre o trabalho e a saúde. Nosso compromisso a frente da Comissão é ampliar os conhecimentos acerca da discriminação no ambiente laboral e divulgar os canais de acesso para que as pontuais situações possam ser reportadas. Além disso, proporcionar os meios necessários de superação da situação incômoda e inoportuna”, disse a magistrada durante a abertura.
Na roda de conversa estiveram presentes a coordenadora de Pessoal (Copes) e membro da Comissão, Renata de Sena Vieira; a diretora da Coordenadoria Médica (Comed), Mary Carlos Freire; a psicóloga do Núcleo de Apoio Psicossocial (Napsi), Maria Aires; e a jornalista da Assessoria de Comunicação Social, Corporativa e Cerimonial (Ascom), Thaise Marques.
“Se posicionem. Não reproduzam”
A jornalista Thaise Marques compartilhou no bate-papo a sua experiência ao vivenciar situações de discriminação no mercado de trabalho sendo uma mulher preta. “Isso não é drama, não é vitimização, só quem vive sabe o que é. A questão da validação, ter que o tempo todo provar que você é capaz, que você pode, isso cansa”, disse a servidora, emocionada.
Ela ainda ressaltou a questão da validação e da necessidade de se esforçar mais para provar a competência, destacando o peso maior ao ser mulher e ainda vivenciar o peso do sexismo. “Repassem esse momento de reflexão para os amigos e familiares, porque é exatamente com essa ação que vamos conseguir fazer a mudança”, disse. “Não reproduzam racismo e discriminação. Esse choro é sim um desabafo, é um grito. Se posicionem. Não reproduzam”, finalizou a jornalista.
Reflexão
A servidora Renata de Sena Vieira, membro da Comissão, destacou a importância do encontro. “É por isso que é importante que a gente traga essa discussão, colocar hoje aqui as pessoas de casa, para abrir o coração, discurtimos essas questões”, afirmou.
Mary Carlos Freire, coordenadora médica, expôs o quanto as violências que acontecem no ambiente laboral ferem e adoecem o ser humano. “Assim vemos como uma situação que pode ter acontecido há muito tempo, ainda abre um gatilho e percebemos o quanto a situação foi sofrida e deixou marcas. Por isso que é importante falar sobre o assunto, trocar experiências, porque a partir do momento que entendemos o que são essas violências, conseguimos nos impor”.
“Nem sempre vamos compreender as experiências que os outros passam. Mas podemos ter compaixão, bondade, generosidade, altruísmo, fazer o bem pro próximo”, falou a psicóloga Maria Aires. “Quando nos enxergamos com dignidade, como ser humano, vamos nos impondo mais, vamos se apoderando, se apropriando do nosso lugar. Pode ser que ainda não tivemos essa oportunidade, mas a partir do momento em que compartilhamos informações, construímos diálogos, não temos medo, buscamos construir um ambiente saudável juntos”, disse.
Diálogo
Logo após a fala das membros da mesa, o bate-papo foi aberto para os servidores e colaboradores presentes compartilharem perguntas e experiências próprias. A gravação da roda de conversa está disponível no canal do YouTube do TRE-TO.
Objetivo Estratégico:
9- Aperfeiçoar a governança e a gestão de pessoas
Lanne Hadassa (Ascom/TRE-TO)