Com programas e ações desenvolvidas sobre os temas, TRE-TO discute papel das organizações sobre equidade racial e antirracismo
Ação faz parte da agenda do Dia da Consciência Negra.
Não é difícil encontrar pessoas negras que já foram vítimas de racismo, discriminação ou preconceito. Muitas que não conseguiram uma vaga de trabalho, ou foram abordadas em alguma loja por um segurança, assim como tiveram seu cabelo crespo sendo motivo de críticas e ainda são minorias na ocupação de cargos políticos. Estes são alguns dos exemplos que simbolizam ações sofridas por negros no cotidiano.
Por isso, o Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO), promoveu uma roda de conversa com o tema “Equidade Racial e Antirracismo: qual o papel das organizações?”, nesta segunda-feira, 20, Dia da Consciência Negra. Lugares de fala, representatividade, educação, políticas públicas, reconhecimento e respeito foram alguns dos temas abordados durante a roda de conversa. A ação faz parte do Programa de Combate e Enfrentamento do Assédio e da Discriminação, e traz a importância de discutir temas relacionados à diversidade e inclusão dentro e fora do ambiente de trabalho.
O debate foi mediado pelo servidor do TRE-TO, Dourival Alves dos Reis Filho. Contou ainda com a participação da jornalista e especialista em Comunicação Étnico-Racial e Marketing Político, Maju Cotrim; do jornalista e fotógrafo da Secretaria Estadual dos Povos Originários e Tradicionais, Manoel Junior e da militante do Coletivo Nacional de Juventude Negra (Enegrecer/TO) e graduada em letras, Eduarda Maria. O diretor-geral do tribunal, Jonas Demóstene Ramos, prestigiou a ação, que teve como objetivo promover a equidade racial dentro da instituição. Secretários, servidores e demais colaboradores também acompanharam.
Conscientização e equidade racial
O mediador da roda de conversa, servidor do TRE-TO, Dourival Alves dos Reis Filho, destacou que a data reforça a importância de uma sociedade antirracista. “O assunto que debatemos aqui, diz respeito a todos nós. Não apenas nós negros, mas a toda sociedade e todos servidores, terceirizados e colaboradores do tribunal. Falar de consciência negra é isso, tem a ver com reflexão, conhecimento, honestidade e informação”, destacou Dourival.
Já a jornalista Maju Cotrim, destacou a necessidade de fomentar o protagonismo negro nas organizações. “É preciso pensar desde a abertura do processo seletivo como a inclusão e a diversidade vão estar contemplados. Assim como manter a saudabilidade das relações, pois ainda temos muitos casos de assédio moral nas instituições. E também promover atividades que estimulem esta rede de solidariedade, respeito para acolher”, ressaltou Maju Cotrim.
A militante do Enegrecer/TO, Eduarda Maria, chamou a atenção da conscientização para a construção de uma efetiva equidade racial. “Para as organizações terem esta visão antirracista é necessário humanizar estas pessoas e valorizar. Não é só dizer que têm pessoas negras trabalhando naquele órgão, mas se estão de fato sendo valorizadas pelo trabalho que estão desenvolvendo. E não reduzir este debate apenas ao mês de novembro, mas com formações do ano todo”, pontuou Eduarda.
O racismo estrutural dentro das organizações foi abordado pelo jornalista e fotógrafo Manuel Junior. “O que mais esperamos do próximo é que sejamos tratados pelos demais, como eles gostariam de ser tratados. Enquanto não houver este pensamento, as pessoas não vão ficar bem resolvidas de todos os lados. E sem dúvida, a educação é o que vai fazer a diferença”, garantiu Manoel Júnior.
Transmitida pelo YouTube
A roda de conversa também foi transmitida ao vivo pelo canal do TRE-TO no YouTube e está disponível para aqueles que quiserem saber mais sobre o assunto.
Objetivos estratégicos:
3- Fomentar a educação política da sociedade
9- Aperfeiçoar a governança e a gestão de pessoas
Thaise Marques (Ascom TRE-TO)