Justiça Eleitoral recebe mais de 61 mil denúncias de irregularidades pelo aplicativo Pardal, no Tocantins foram mais de 1.300 registros
Faltando seis dias para o segundo turno das Eleições Municipais de 2016, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu até agora 61.961 registros de irregularidades pelo aplicativo Pardal. A ferramenta permite que os eleitores de todo o país façam denúncias de propaganda eleitoral irregular, tanto nas ruas como na internet e em veículos de comunicação. O Pardal foi desenvolvido pelo TSE em parceria com Tribunais Regionais Eleitorais do Espírito Santo e Paraíba.
Desse total, mais de 29 mil foram denúncias sobre irregularidades em propagandas eleitorais e 10.636 a respeito de crimes eleitorais. Quanto às acusações relativas à compra de votos, o aplicativo recebeu mais de 7 mil.
De acordo com o levantamento do TSE, São Paulo é recordista de denúncias pelo aplicativo Pardal, com um total de 12.961 registros. A explicação passa pelo fato do estado ser mais populoso, ter o maior número de eleitores e também de candidatos. Em segundo lugar apareceu o estado da Paraíba, com 5.662 registros de denúncias e em terceiro Pernambuco, com 5.416.
No Tocantins 37% das denúncias foram referentes a propaganda eleitoral, 21% de crimes eleitorais, 11% de compra de votos, 9% de uso da máquina pública, 3% de doações e gastos eleitorais e 19% de outros tipos de denúncias. Entre as cidades com mais ocorrências estão Palmas, Araguaína e Araguatins com, respectivamente, 206, 118 e 53 denúncias.
Qualquer cidadão pode delatar irregularidades praticadas por candidatos e partidos políticos. As denúncias são feitas pelo próprio aplicativo, com o envio de fotos, vídeos ou áudios que comprovem indícios de crime. O material é encaminhado automaticamente para análise do Ministério Público Eleitoral (MPE), que avalia a consistência das informações recebidas e pode formalizar denúncias aos juízes eleitorais de cada localidade.
Durante o lançamento do aplicativo na sede do TSE, o ministro Gilmar Mendes destacou que o Pardal é “uma nova ferramenta institucional de combate à corrupção eleitoral” e que as denúncias recebidas serão apuradas pelo Ministério Público Eleitoral, “parceiro incansável na busca pela lisura das eleições”. Dessa forma, cabe ao MPE avaliar a consistência das informações recebidas e formalizar eventuais denúncias aos juízes eleitorais de cada localidade.
Com informações Comunicação TSE