Ativista indígena participa de live da Justiça Eleitoral do Tocantins e destaca o papel da mulher indígena na democracia
Iniciativa faz parte das ações do projeto Inclusão Sociopolítica dos Povos Indígenas do Tocantins.
Em live promovida no Instagram da Escola Judiciária Eleitoral do Tocantins, nesta quarta-feira (17/6), a Justiça Eleitoral do Tocantins fomentou o debate sobre a importância da inclusão sociopolítica dos povos indígenas e o papel da mulher indígena na democracia.
Mediada pelo coordenador do projeto Inclusão Sociopolítica dos Povos Indígenas do Tocantins, juiz eleitoral Wellington Magalhães, a live contou com a participação da ativista indígena Mônica Marapara, especialista em Gestão Pública para Promoção da Cidadania e Preservação de Direitos pela Universidade Federal da Bahia.
Durante a live, o magistrado destacou as iniciativas da Justiça Eleitoral para promover a efetivação plena dos direitos de cidadania e participação política dos indígenas e frisou que a ação que coordena é um projeto permanente do Tribunal Regional Eleitoral e atua em parceria com outras iniciativas permanentes, como projeto +Mulher +Democracia, que visa fortalecer a participação feminina no processo político, e o projeto Agentes da Democracia – Formação de Eleitores para o Futuro.
Já a convidada falou um pouco sobre a sua história, compartilhou experiências e destacou os desafios que a população indígena enfrenta ultimamente, principalmente em relação à participação e representatividade política e às questões de gênero. “Venho de uma tradição em que é papel do homem nos representar, mas meu pai teve cinco filhas mulheres e diante das dificuldades buscou como alternativa nossa educação. A partir de então comecei a buscar e participar de vários movimentos em busca da defesa da autonomia e representatividade da mulher indígena. Nós mulheres somos capazes de ocupar esses espaços e de participar dos processos de escolha e poder sem que haja preconceito por sermos mulheres e indígenas”, destacou Mônica.
A indígena Iracema Xerente acompanhou a live e elogiou a iniciativa. “Nós mulheres indígenas temos todo o direito de participar e ter acesso aos serviços públicos de saúde e educação. Gostei muito da live e de ver uma mulher indígena representando e defendendo as mulheres indígenas em todo o país”, disse.
A live está disponível no canal do TRE-TO no Youtube e ainda no Instagram da Escola Judiciária Eleitoral do Tocantins .
Gilsiandry Carvalho – ASCOM TRE-TO